“Apesar da falta de apoios financeiros e de condições, foi digna a forma como a equipa sénior representou o clube, sempre com o objectivo de disputar a subida de divisão até ao fim do Campeonato [Distrital Seniores 2ª Divisão]; o que aconteceu este ano é que acabámos por morrer na praia nas últimas jornadas”, justificou Leopoldino Machado, remetendo paras as dificuldades sentidas nos jogos realizados nos relvados sintéticos.
Este motivo levou o presidente da Direcção a recordar a possibilidade, anunciada no aniversário do Luso FC, de o clube poder encontrar, a curto prazo um campo provisório. “Esperamos que as obras avancem em Junho; de qualquer das maneiras nunca estará concluído entre 18 a 24 meses. É evidente que teremos de jogar a próxima época desportiva no nosso campo, já que, de acordo com o que foi aprovado entre as partes, teremos que abandoná-lo até ao final do ano mas o objectivo é tentar a negociação com os donos para ficarmos pelo menos mais um ano”, referiu o dirigente.
Leopoldino Machado avançou também ter realizado uma reunião com a direcção do FC Barreirense, na qual afirmou ter ficado “estabelecida a possibilidade” das equipas de seniores e de formação do Luso FC utilizarem o campo do clube adversário. Em relação à decisão, que será concretizada em protocolo, o dirigente do Luso FC enalteceu “a capacidade da direcção do FC Barreirense para disponibilizar o seu campo, sem exigência de quaisquer contrapartidas financeiras”. “É um motivo de satisfação; vai ser para o clube e para a cidade”, comentou, enaltecendo a ideia de que "os clubes da terra têm que se ajudar" mutuamente.
Empréstimo pago em dois anos
Em matéria de actividade financeira, Leopoldino Machado admitiu que, “à semelhança de anos anteriores, as contas do clube são elucidativas e revelam fracos recursos financeiros em virtude dos subsídios recebidos para a prática desportiva terem sido praticamente nulos”. A estas dificuldades soma-se o pagamento do empréstimo contraído pelo clube em 2002 para colocação de novo piso no pavilhão – no valor de 60 mil euros –, que continua a absorver “uma verba considerável de receitas anuais: 7 mil euros”.
Com um saldo financeiro “ligeiramente positivo” referente a 2010 – de cerca de 750 euros –, o Luso FC considera-se “numa situação estável”, o que o presidente da Direcção interpreta como “um sinal de que as medidas tomadas para a contenção de custos surtiram efeitos no imediato”. A previsão é, contudo, que as mesmas “sejam mais efectivas” também no futuro, já que, após renegociação com a Banca, o clube tem em vista pagar os 11500 euros ainda em dívida do referido empréstimo num máximo de dois anos. “Em cima da mesa, para 2011, está pagar no próximo mês 2 mil euros e, a partir de Agosto, 400 euros por mês durante 24 meses, altura em que a dívida fica paga”, esclareceu.
Outras medidas desportivas surgem associadas a esta, tais como procurar reduzir substancialmente os custos perante a necessidade de manter o Futebol sénior, podendo também reforçar o plantel com jogadores do Quintajense FC – equipa que vai desistir para a próxima época. Após o arranque da equipa de Iniciados na época de 2010/2011 e a descida de divisão dos Juniores, o clube assume suspender provisoriamente este escalão na próxima época mas voltar a ter Juvenis.
Fonte: Jornal do Barreiro
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