Apontou arma a treinador no jogo Olímpico Montijo x Leão Altivo (Infantis)



Um jogo de infantis (menores de 13 anos) que opôs o Olímpico do Montijo ao Leão Altivo, de Vale Milhaços (Seixal) acabou de forma insólita: com um pai a apontar uma arma ao treinador. 

Após o apito final do árbitro, com as crianças ainda no relvado e muito público nas bancadas, um militar da Marinha, pai de um dos jogadores, que tinha assistido ao jogo, não gostou de ver o treinador da equipa adversária repreender o seu o filho e terá puxado de uma pistola, ameaçando matar o técnico, segundo acusa a direção do clube local.
O homem, de 48 anos, desmente ter empunhado a arma, mas acabou detido e viu a pistola, que estava legal, apreendida pela PSP.
Nem parecia um jogo de infantis, aquele que sábado terminou cerca da 11.50 horas, tal foi o elevado número de lances quezilentos, que culminaram com três expulsões no Campo da Liberdade. No final, após a vitória do Olímpico de Montijo, por 4-2, tudo parecia estar calmo e o treinador da casa, de 46 anos, foi cumprimentar os jogadores da equipa adversária. Mas um deles não só não lhe estendeu a mão, como terá sido ofensivo para o técnico, segundo o relato do presidente do Olímpico, João Monteiro.
"O treinador teve que dizer ao miúdo que não lhe podia responder assim, porque tinha idade para ser pai dele", relata o dirigente, acrescentando ter sido neste instante que uma voz ameaçadora, vinda da banca, se fez ouvir. "Se tocas no meu filho mato-te", terá dito o pai já de arma em punho apontada ao técnico, segundo relata ao DN João Monteiro.
"Alguns miúdos viram a arma e houve pânico, mas a prioridade dos adultos que estavam ali foi levar as crianças para os balneários rapidamente", descreve, enquanto os espetadores - a maioria pais das crianças de ambas as equipas - procuraram acalmar o homem, que terá guardado a arma, embora a troca de palavras mais acesas tivesse prosseguido entre o militar da Marinha e outros espetadores.
Foi então que os dirigentes do Olímpico decidiram fechar o portão do estádio e chamar a polícia, que ao fim de cinco minutos estava a entrar no Campo da Liberdade, tendo encontrado a pistola e quatro munições, que o suspeito transportava numa pasta, segundo revelou ao DN a própria PSP.
O homem foi detido e a arma apreendida, sendo que o suspeito é presente esta segunda-feira a tribunal para ficar a conhecer as medidas de coação, sabendo-se que a arma de fogo estava legal, embora não fosse permitida a sua entrada num recinto desportivo.
"Ficámos todos sem saber o que fazer e o que dizer às crianças. Isto foi uma situação que extravasou tudo aquilo que anda à volta do futebol. Não temos conhecimento de nada parecido", sublinha o presidente do Olímpico.
Recorde-se que o policiamento em jogos das camadas jovens deixou de ser obrigatório.

Fonte: DN
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Autor: FMS

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