No jogo de Domingo Moitense-Trafaria, o árbitro Paulo Barradas suspendeu o jogo, aos 70 minutos, por se queixar de uma agressão, alegadamente, pelo jogador Varela do Trafaria. Diz o árbitro ter sofrido duas cabeçadas do jogador e, por isso, interrompeu a partida.
O presidente do Moitense, João Soeiro, diz não ter visto nada, “se houve agressão, eu não vi nada”, insiste. Já um dirigente do Trafaria nega que o seu jogador tenha praticado a alegada agressão.
O director do Trafaria, Paulo Henriques, nega a versão do juiz. "Varela protestou de forma mais veemente e viu o 2.º amarelo. Em reação, encostou-se ao árbitro e poderá ter dito algumas coisas feias, mas não agrediu ninguém. O árbitro alega ter sofrido duas cabeçadas do jogador e disse que, por causa disso, não tinha condições para continuar a partida. o que é completamente falso."
Árbitro garante que foi agredido
Paulo Barradas, árbitro da AF Setúbal nomeado para partida entre o Moitense e o Trafaria, garante ter sido agredido por Varela. Assegura que sofreu duas cabeçadas e que só por isso interrompeu a partida, garantindo que nada o move contra o jogador ou o clube e assegurando que mencionou tudo no relatório elaborado. «Depois de lhe mostrar o cartão vermelho, dirigiu-se a mim e deu-me uma cabeçada. Disse-lhe para se afastar e deu-me a segunda, tendo sido posteriormente agarrado pelos companheiros», explicou Paulo Barradas que chegou a ser assistido no hospital: «Chamei os auxiliares e informei os delegados que o jogo iria ser interrompido. Depois fui ao hospital do Montijo, fiz os exames de diagnóstico e tive alta. Como as cabeçadas foram dadas na zona das fontes, temi alguma lesão interna.»
Apesar do alegado incidente, o árbitro de Setúbal desejou continuar a apitar da mesma forma. «Quero arbitrar já no próximo fim-de-semana. Sinto-me preparado para isso e não temo qualquer incidente. Tenho prazer em arbitrar», disse.
Varela — irmão de Silvestre, extremo do E. Amadora — desmente a versão do árbitro.
«Considero que o quarto golo do Moitense foi marcado em fora-de-jogo. Fui falar com o auxiliar e disse-lhe, de forma educada, que estava errado. Depois senti alguém chegar-se perto de mim e quando me virei vi o árbitro a guardar o cartão vermelho», começou por explicar Varela, continuando:
— Nessa altura revoltei-me, fui direito ao árbitro, encostei a minha cabeça à dele, insultei-o, mas não o agredi. Não lhe dei duas cabeçadas como ele diz. Não consigo entender como é que um árbitro leva duas cabeçadas e ninguém no campo vê. Estou arrependido da minha reacção, mas ninguém no seu perfeito juízo pode dizer que dei duas cabeçadas ao árbitro.
No dia seguinte ao incidente, Varela passou o dia na sua loja, que abriu recentemente, trabalhou normalmente, mas o olhar não escondia a revolta. Ao ponto de pensar em abandonar o futebol.
«Mal dormi esta noite. Não agredi o árbitro e posso ser suspenso por algo que não fiz. É uma injustiça muito grande. Depois de ponderar muito decidi que ia continuar a jogar futebol para tentar chegar a uma equipa de outro patamar. No entanto, se for castigado por algo que não fiz, deixo de jogar», afirmou Varela.
O central do Trafaria, que na noite de domingo foi acalmado pelo irmão Silvestre, garante que vai até onde for preciso para provar a sia inocência.
«As pessoas que me conhecem riem-se desta situação. O árbitro não vai conseguir provar a agressão. Podem colocar-nos frente-a-frente que ele não vai ter coragem de dizer que o agredi. Sou um jogador muito leal. Exalto-me bastante nos jogos, mas nunca agredi um adversário e muito menos um árbitro», assegurou.
Fontes: O Rio + Record + A Bola
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