Treinador ameaça sair se cair nos distritaisOnze jogadores. Uma equipa. Este é o número de atletas que compõem o plantel do Alcochetense e que se apresentaram ontem ao trabalho. Um número reduzido explicado pelo facto de o clube ainda não saber em que divisão a equipa sénior jogará esta época: distrital de Setúbal ou III Divisão.
A Direcção aguarda pela homologação dos campeonatos por parte da Federação para definir o futuro. As críticas surgiram a partir do momento em que FPF, devido às desistências de E. Portalegre e Brito, decidiu que seria o coeficiente dos pontos dos jogos realizados na segunda fase do campeonato a determinar quem desceria de divisão e não apenas os pontos conquistados, como estaria determinado no início da temporada. Face a esse cenário, Alcochetense, a par de Social Lamas (série C) e Ferreiras (série F) desceram de divisão.
«Nós não pertencemos a este campeonato. É uma vergonha. Vamos apresentar-nos e preparar-nos para jogar na III Divisão. Caso contrário deixo o clube. É uma decisão minha», afirmou o treinador Carlos Lóia, que prosseguiu com as críticas à FPF: «Parece que o autocarro da FPF embateu contra o clube e ficámos três meses em coma. Devido a estas indefinições não conseguimos contratar jogadores e planificar o futuro.»
Carlos Lóia não escondeu o descontentamento e a injustiça de um campeonato que, na sua opinião, é desleal e incoerente: «O Cartaxo, que só fez quatro jogos na segunda fase, foi uma das piores três equipas de todas as séries e ficou na III Divisão. Como é que se pode alterar as regras do jogo a meio? Se a decisão não for favorável vamos recorrer até às últimas instâncias.»
Fonte: A Bola
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