Carlos Manuel, o moiteiro


Natural da Moita, ex-funcionário da CP, tornou-se futebolista na CUF(ex-Quimigal, Fabril) passando pelo F.C.Barreirense, foi no Benfica que atingiu o máximo.
Para o Benfica acompanhou-o a fúria de viver, a ambição de ser grande e a disponibilidade absoluta para suportar todos os sacrifícios. Depressa se tornou uma referência para o 3º anel o mesmo que, anos mais tarde, serviria de argumento para o divórcio com o clube.
A relação de amor foi intensa e Carlos Manuel cumpriu a sua parte. Esteve na Luz 9 épocas, ao longo das quais fez 219 jogos e marcou 40 golos, contabilizando quatro títulos nacionais e cinco vitórias na Taça de Portugal.
Extremo direito, num processo muito comum no futebol, a partir de 1983 tornou-se um médio com campo de acção mais vasto, afastando-se gradualmente da linha lateral, espaço onde precisava da velocidade que foi perdendo com o tempo.
Se nos primeiros anos tinha sido um extremo com vistas largas, perfeito no cruzamento e de actividade exuberante ao longo da linha, desde o segundo ano de Eriksson na Luz tornou-se um médio todo-o-terreno, pedra angular de colectivos que o assimilavam como referência. Prosseguiu, então, na zona central, a caminhada ao mais alto nível.
Homem de golos decisivos Carlos Manuel viveu a marcar golos históricos. Foi assim na final da Taça de Portugal 1983/84, disputada nas Antas, frente ao FC Porto (1-0) e na célebre epopeia de Estugarda, a 16 de Outubro de 1985: Portugal venceu a RFA por 1-0, com um tiro inesquecível de Carlão. Vinte anos depois dos magriços, a selecção apurou-se para o México-86.
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Autor: Luís

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1 Comentários :

Anónimo disse...

Apesar de tudo e por uma questão de princípios gosto mais de o ver com a camisola às riscas verde e brancas.

Gostos.