O Seleccionador Nacional de Futebol, de sub-20, foi homenageado pela AF Setúbal na noite da grande festa do futebol da região, 1 de julho de 2015. O técnico setubalense mostrou-se sensibilizado e lembrou a ligação à AF Setúbal.
Hélio Sousa, 45 anos, que começou a dar os primeiros pontapés na bola com a camisola do CCD Brejos de Azeitão, notabilizou-se como futebolista profissional ao serviço do Vitória de Setúbal, foi campeão do Mundo de sub-20, em 1989, venceu uma Taça de Portugal, em 2006, pelo clube do Bonfim, e foi treinador vencido na final do Jamor, à frente da equipa verde e branca.
O carismático capitão do Vitória seguiu a carreira de treinador, função que chegou a desempenhar no seio da AF Setúbal.
Poucos dias depois de ter exibido um valoroso conjunto de jogadores portugueses que estiveram no Mundial de sub-20, na Nova Zelândia, Hélio Sousa, actual Seleccionador dos sub-20, foi homenageado pela AF Setúbal com um justo reconhecimento pela carreira, dedicação e pelos serviços prestados ao futebol.
Ao Notícias AFS/AFS.pt Hélio Sousa, em discurso directo, mostrou-se sensibilizado com a homenagem.
Notícias AFS/AFS - Que sentimento o invade por este reconhecimento público da AF Setúbal?
Hélio Sousa – De grande entusiasmo. É sempre muito importante vermos o nosso trabalho reconhecido. Sou nascido e criado em Setúbal, o meu clube é o Vitória de Setúbal e ser reconhecido pela minha associação, a quem agradeço por esta distinção, é sempre importante e reconhece o trabalho que venho a realizar, mas que tem contando com a ajuda de muitas pessoas.
O que recorda dos tempos de ligação à AF Setúbal?
Enquanto jogador, cheguei a fazer a disputar um apuramento de selecções, em sub-14, em Santarém, com a equipa local e com Lisboa. Apesar de não nos termos apurado, guardo boas memórias desses tempos, porque representar a selecção distrital era e é sempre muito importante.
Mais tarde, já como treinador, tive a felicidade de liderar a selecção da AFS, em sub-16. O então coordenador distrital não pode dar o seu contributo e foi-me feito o convite para assumir a equipa, numa prova no Algarve. Foi uma experiência muito agradável e enriquecedora ter trabalhado com os melhores sub-16 do distrito naquele momento. Uma experiência que ficou.
Também estive ligado a uma selecção distrital de sub-20. Foram momentos marcantes para mim e também para os jogadores que estiveram envolvidos nesse trabalho. Ainda vou vendo alguns jogadores que estiveram comigo e que chegaram ao futebol profissional, o que demonstra o valor dos nossos jogadores formados na região.
Como olha para o futebol distrital nos dias que correm em comparação com tempos idos?
Na minha altura, a possibilidade de praticar futebol nos clubes era muito menor. Havia menos equipas e menos clubes. Comecei no Vitória em 1983, ano em que arrancou os iniciados, porque só haviam juvenis e juniores. Fui às captações e acabei por ficar. Antes disso eram os clubes de bairro e futebol de 7, mas muito menos equipas, menos escalões, que possibilitasse a aprendizagem e outra evolução.
Hoje, a realidade é totalmente diferente. Os clubes abriram um leque muito variado de oferta nos patamares etários e isso foi positivo.
O mais importante é que as crianças e depois os adolescentes e mesmo adultos sintam sempre prazer em praticar futebol e serem adeptos da modalidade. Nem todos vão chegar a profissionais, mas todos podem ter um papel activo em prol da modalidade.
Neste âmbito, o futebol distrital assume um papel importantíssimo.
A iniciativa da AF Setúbal com o cartão branco…
Foi bastante positivo e deve ser sublinhado. É importante que os atletas sejam competitivos e queiram sempre ganhar, mas também é fundamental terem uma cultura desportiva de fair-play em todos os momentos do jogo. Reconhecer que às vezes não conseguimos ser os melhores e não encontrar desculpas em mil e uma coisas é fundamental.
Como tem sido a experiência como Seleccionador Nacional?
Fantástica. Tenho aprendido bastante, cresci muito como treinador com todos os meus colegas que estão envolvidos nas nossas Selecções e os resultados têm aparecido. Não só desportivos, como as constantes presenças em fases finais, mas mostrando a qualidade do jogador português.
É neste caminho evolutivo que quero seguir e espero alcançar mais no futuro.
Arbitragem e futsal igualmente reconhecidos
Refira-se que além de Hélio Sousa, a AF Setúbal decidiu homenagear o jogador de futsal Constantino Gonçalves, pela sua primeira internacionalização, registada no dia 4 de Novembro, de 2014, num Portugal-Itália.
As selecções distritais da AF Setúbal de futebol feminino, sub-16, e de futsal masculino, sub-17, também mereceram uma distinção especial.
No plano da arbitragem, a instituição reconheceu publicamente os relevantes contributos prestados por António Galrinho.
Fonte: A.F.Setúbal
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