De sábado para domingo pode dormir mais um bocadinho!!!

O inverno vai começar a fazer-se sentir no relógio, a partir deste domingo, na madrugada de 27 de outubro, com os relógios a recuarem 60 minutos às 02:00, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa.

No Continente e na Madeira, a atualização faz-se às 2:00, enquanto nos Açores sucede à 01:00 (os ponteiros recuam até às 00:00). Uma vez que o fuso horário é diferente em solo açoriano, a alteração de hora é, deste modo, feita em simultâneo em todo o território nacional.

Assim, na madrugada de domingo será possível dormir mais uma hora sem que tal se repercuta na hora de acordar. Recuando uma hora, os relógios permitem mais 60 minutos de sono.

Outros efeitos desta mudança da hora legal são os dias mais curtos e as noites mais longas. O inverno, que se tem apresentado com as chuvas fortes em quase todo o território, faz-se sentir no relógio.
Mas a hora muda porquê?

A Renascença foi falar com Rui Agostinho, diretor do Observatório Astronómico de Lisboa, para tirar esta e outras dúvidas.

Em primeiro lugar, convém esclarecer: a hora muda por decisão da União Europeia, agora a 28, e “tem mais a ver com o impacto social”. Segundo Rui Agostinho, “as questões económicas não justificam existência de hora de Verão, no sentido em que se pode pensar que se poupa dinheiro ou que se ganha algum dinheiro. O que os estudos mostram é que esse impacto é diminuto na economia global do espaço europeu.

”Portugal tem o fuso horário a uma hora do centro da Europa. O diretor do Observatório Astronómico de Lisboa garante que essa situação não é problema para Portugal e não tem impacto económico. Há um exemplo que ajuda a provar esta teoria: “Os Estados Unidos têm vários fusos horários e têm uma economia florescente. É possível fazer atividade económica da mesma maneira sem estar a forçar um país inteiro a adotar uma hora”. 

E, se houver algum sector que beneficiaria com uma mudança da hora alternativa, por exemplo igual à Europa Central, tem bom remédio: abra uma hora mais cedo, acrescenta.

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Autor: F. Santos - Memórias

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