Após 20 anos sem competir em seniores, o Grupo Desportivo Recreativo Portugal, fundado em 1976, volta a dar cartas no futebol da região. A uma jornada do final da primeira volta, o emblema do Vale da Amoreira, Moita, que vem de seis triunfos consecutivos na prova, é líder destacado da II Divisão com cinco pontos de
vantagem sobre o perseguidor (Almada).
O treinador Rui Fonseca,que na última época orientou o Fabril e soma por vitórias os jogos efectuados no comando técnico, salienta o efeito que a campanha da equipa tem no bairro. «Todos os jogadores vivem ou têm raízes no Vale da Amoreira. Mais do que um clube a equipa representa uma cultura. No meio dos problemas existentes, damos alegria ao bairro e alento aos jovens que estão na formação».
O técnico, que aceitou o repto de liderar o projecto por ser «aliciante e pela paixão à modalidade», não hesita na hora de apontar os segredos do êxito: «grupo valoroso e dedicado nos treinos, conhecimento dos adversários e ‘pontinha’ de sorte», enumera, recusando o estatuto de candidato à promoção. «Não falamos sequer em subida. O Paio Pires, por exemplo, era líder isolado à 6.ª jornada e agora, por ter perdido três jogos e empatado um, é 5.º a nove pontos de nós. O mesmo pode acontecer connosco », alerta.
Aos 38 anos, Rui Fonseca, que aponta Almada, Botafogo e Luso como principais candidatos à subida, lembra que 40 por cento da equipa do Desportivo Portugal são seniores de primeiro ou segundo ano e confessa que nada lhe daria mais gozo do que ver jogadores do plantel singrarem no futebol. «Quero que se valorizem ao máximo para que possam no final da época ser colocados em clubes de nível superior».
O timoneiro dos moitenses, que tem Filipe Moendo e João Pedro Dores, ambos com oito golos, como melhores marcadores da equipa, faz questão de deixar uma mensagem de agradecimento aos adeptos. «Têm sido inexcedíveis. Mesmo quando actuamos fora do nosso campo sentimos que estamos a jogar em casa. A equipa sente que as pessoas do bairro estão orgulhosas e isso enche-nos de satisfação».
Fonte: Jornal Sem Mais / Dez. 2009
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