Desencanto e Perplexidade na Baixa na Banheira

União Desportiva e Cultural Banheirense
Baixa da Banheira

Contribuinte nº 501 768 785
Instituição de Utilidade Pública

Dec. Lei 460/77, D. Repú. 219, II Série, 23/09/87

Baixa da Banheira, 24 de Outubro de 2007

Assunto: Desencanto e Perplexidade

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal da Moita, João Lobo

A União Desportiva e Cultural Banheirense vem por este meio solicitar que lhe sejam dadas respostas às diversas questões que passa a colocar:

O Complexo Desportivo do Vale da Amoreira é Municipal ou do Desportivo Portugal? Se for do Desportivo Portugal ignorem as questões seguintes.

O edifício de apoio ao Campo é Municipal ou do Desportivo? O Sr. Pedro, presidente do Desportivo Portugal, diz que o mesmo é da colectividade a que preside, dizendo também que não é permitido utilizar os balneários interiores.

A taxa de 10 euros/hora é para todas as equipas, incluindo o Desportivo, ou essa colectividade encontra-se à margem das regras do campo?

O edifício de apoio ao campo está todo ocupado pelo Desportivo Portugal, o qual diz que o edifício é seu. O Banheirense, em todos os treinos, leva a carrinha carregada com todo o material necessário para a realização dos mesmos: bolas, pinos, barreiras, roupa, sacos e saquinhos… situação que nos obriga a andar carregados que nem burros. Depois devido à hora tardia dos treinos, no regresso a sede já está fechada, ficando o material dentro da carrinha, que por se encontrar na rua está sujeita a roubos.

O Campo Municipal é uma fonte de receita para o Desportivo Portugal? Todos sabemos que a direcção do Desportivo Portugal aluga o campo a terceiros a 150€ e 80€ à hora, situação comprovada pela cópia de um recibo (passado aos veteranos do Barreirense) que o União entregou na reunião na Câmara para debate.

Desde o início da época que a manutenção do campo está entregue a um senhor idoso, provavelmente reformado, que nos diz coisas do género: “Não sou escravo de ninguém e não estou para vos aturar mais”. Estas palavras surgiram no contexto de domingo, dia 21 de Outubro, quando a equipa que vinha participar na apresentação do União se atrasou.

O União contraiu um empréstimo de 2500€, uma vez que com as inscrições dos jogadores, inspecções médicas, materiais e equipamentos, os custos rondaram os 5000€. Para além disso, temos ainda de pagar 100€ à Associação de Futebol de Setúbal por cada jogo em casa, assim como 100€ à GNR, também por cada jogo em casa. Só não pagamos aos atletas e àqueles que connosco trabalham. Ainda assim temos de pagar o aluguer de um campo que é municipal.

Como funciona a gestão do Complexo Desportivo e a sua contabilidade? Mesmo que tenhamos de pagar o aluguer, não podemos aceitar como comprovativo “papelinhos” internos, ainda em escudos, sem validade para a nossa contabilidade organizada e ilegal no que diz respeito às Finanças. Assim sendo, sem recibo não há pagamento.

No domingo, dia 21 de Outubro, na apresentação da equipa do União, o “bar” foi explorado pelo Desportivo Portugal. Confrontados com a situação disseram logo que aquilo era deles e quem em todos os jogos fariam o mesmo, não tendo nós que fazer nada ali. É importante dizer que a AFS já nos avisou que qualquer incidente que aconteça durante os nossos jogos com garrafas, por exemplo, será da nossa inteira responsabilidade. O União não irá permitir que o mesma suceda, significando isso que, de uma forma ou de outra, a exploração do “bar” não continuará, pelo menos durante os nossos jogos.

Ainda no jogo de apresentação, a ambulância foi chamada ao campo, devido a um acidente no jogo. Os portões estavam fechados (e assim continuaram), o que fez com que os senhores do INEM nos alertassem para esse facto. Não será essa também uma responsabilidade dos gestores do campo?

Por tudo isto é lícita a pergunta no 1º ponto, pois o edifício só serve o Desportivo Portugal e o União, que há três décadas utiliza o campo, está a ser discriminado com o consentimento do executivo actual, pois os outros executivos construíram o campo para as equipas da Baixa da Banheira, que agora não têm direito a nada naquele campo.

Depois da apresentação, onde estiveram cerca de 80 sócios do União, ouviram-se muitas vozes discordantes da situação actual do campo. Fomos então confrontados com algumas questões, às quais não conseguimos dar respostas satisfatórias.

A U.D.C.B. obviamente que reconhece o apoio da Câmara Municipal da Moita, no que diz respeito à nossa luta pelo Parque Desportivo e em outras iniciativas. Por esse mesmo motivo não compreende porque é que em relação ao Campo Municipal somos “uma pedra no sapato”.

Neste sentido, e porque achamos que as questões apresentadas têm fundamento e porque o que se está a passar é humilhante para esta colectividade e seus sócios (cerca de 1500), se V. Exa. não nos der ouvidos e não apresentar soluções, o mais rápido possível, lamentamos mas seremos forçados a tomar medidas que, certamente, não serão do nosso agrado, nem do de V. Exa. Mas para nós, estão acima de tudo os interesses e a dignidade do União Banheirense

Sem outro assunto de momento, aguardando uma resposta de V. Exa. nos despedimos com elevada estima e consideração,

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Autor: moita-desporto

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1 Comentários :

Anónimo disse...

Força Banheirense! reivindicar os seus direitos!!!